O que você sabe sobre a teoria U? Venha descobrir um pouco mais acerca desse conceito tão interessante para os negócios!
Conhecer metodologias que ajudam a melhorar a visão de negócios e implementar uma gestão de inovação é um ótimo passo para quem ocupa cargos de liderança ou tem o objetivo de estar nessa posição. Um exemplo disso é a teoria U. A ideia está bem descrita no livro "O Essencial da Teoria U: Princípios e Aplicações Fundamentais", de Otto Scharmer, um dos mais famosos especialistas em temas sobre liderança atualmente. Basicamente, a metodologia fala sobre os processos que são fundamentais para garantir uma boa transformação de um negócio e de sua gestão. Neste post, vamos explicar melhor o que é a teoria U e quais são as principais etapas envolvidas em sua aplicação. Continue lendo para entender mais sobre o assunto!
A teoria U, antes de tudo, é uma metodologia voltada para a aprendizagem desenvolvida por pesquisadores do campo da Pedagogia, na Holanda. Desse modo, pode ter diversas aplicações, embora a mais comum seja na área dos negócios, pois ajuda a oferecer recursos úteis para garantir um diferencial competitivo na gestão de uma empresa e a elevar a produtividade interna. Essa principal aplicação teve influência de três americanos, que identificaram o potencial da teoria U na inovação das organizações. Otto Scharmer, Peter Senge e Joseph Jaworski notaram que o processo de transformação precisa também de um começo, um meio e um fim. No entanto, o ideal é que essas fases sejam adequadamente definidas e planejadas, por meio de sete etapas fundamentais. No geral, o caminho percorrido na jornada da transformação é semelhante ao formato da letra U. Afinal, é necessário diminuir um pouco o ritmo, a fim de implementar mudanças significativas em uma empresa em busca de uma melhor organização. Assim, enfim, é possível ter um crescimento sustentável e eficiente. Em outras palavras, a teoria U apresenta um caminho muito interessante de como se organizar para implementar atualizações em um negócio, com o objetivo de gerar novos resultados e aumentar os retornos positivos.
A principal relação da teoria U com projetos de liderança é a possibilidade de inovação. O delineamento desse processo permite questionar e compreender integralmente o funcionamento de uma empresa. A partir disso, é possível desapegar daquilo que não é tão relevante e se conectar com os pontos cruciais para garantir o crescimento do negócio. Logo, é possível renovar os valores e as propostas de uma empresa frente ao mercado, aprimorando o planejamento e a incorporação de ideias inovadoras. Quando essa iniciativa parte da liderança e é capaz de inspirar os colaboradores, o negócio tem muito mais chances de ter uma atuação criativa e gerar um impacto positivo no nicho em que trabalha. Na prática, a teoria U ajuda na capacidade de escuta dos líderes e dos colaboradores. Como consequência, o engajamento das equipes e a atenção às atividades diárias tendem a melhorar. Com isso, é possível identificar soluções e gerar propostas que implementam a inovação na cultura organizacional. Dessa maneira, o negócio não passa apenas por um período de transformação, mas também se torna inovador a cada ação, promovendo um efeito mais duradouro.
Para entender melhor como funciona a teoria U e como, de fato, pode ser útil para aprimorar os projetos de liderança voltados para a inovação, vale a pena conhecer cada uma das etapas desse conceito, definidas por Otto Scharmer. Confira!
Na prática, o ato de suspender diz respeito à ideia de pensar antes de fazer para impedir algumas ações que não são tão favoráveis aos negócios. Para isso, a identificação de padrões de repetição na empresa é fundamental. Com isso, torna-se mais fácil realizar uma revisão nas principais decisões e ajustes necessários para melhorar a atuação do empreendimento no dia a dia.
Contudo, para que sejam realizadas essas novas implementações, é importante mudar a direção do olhar da empresa. Ou seja, é preciso ressignificar, redirecionar e redesenhar a forma como o negócio observa diversos fenômenos, sejam eles internos, sejam eles externos. Isso vai ajudar a identificar pontos fortes e fracos, além de gerar novas ideias para a empresa. Tudo isso pode se converter em melhorias das perspectivas para o negócio e em ajustes no relacionamento interno e externo.
A próxima etapa é compreender os ambientes dos quais a empresa faz parte. Ou seja, diz respeito a sentir, observar e perceber melhor o nicho de atuação, tal como o clima organizacional. A ideia aqui é analisar como as ações da organização interagem com o mercado, a sociedade, o meio ambiente e a própria comunidade de colaboradores.
Em Inglês, o termo utilizado é “presencing”, que, na verdade, visa a unir as palavras “presenciar” e “sentir”. Desse modo, é uma continuação do que foi iniciado há pouco. Compreender e vivenciar os impactos causados pelo negócio é um passo importante para identificar se eles, de fato, combinam com a proposta inicial da empresa.
Chegou o momento de dar início às novidades e voltar a promover um crescimento significativo para a empresa. O importante agora é identificar quais são as mudanças que devem ser feitas para alinhar o negócio com o mercado e com os seus próprios valores. Mais que isso, é fundamental cristalizar essas ideias. Na prática, isso significa montar um planejamento estratégico para atuar da melhor forma possível em harmonia com os propósitos do negócio.
O próximo passo é colocar as mudanças em prática, mesmo que aos poucos. Aplicar uma solução para um problema, definir novas metas e adotar uma nova metodologia, independentemente de qual for a sua proposta de inovação. Essa é a melhor etapa para testá-la, inclusive.
Por fim, é só materializar os resultados que deram certo na fase de prototipação. Sendo assim, é na etapa de incorporação da teoria U que ganham formas e aplicação vigente as ideias que surgiram lá na metade do processo, com base no que foi observado no início.
Para entender melhor a aplicação do conceito, vale a pena ver um exemplo. A Nike é uma empresa do ramo de vestuário conhecida pelo mundo inteiro. Por ser um negócio de grande porte, a necessidade de adotar práticas de responsabilidade socioambiental é ainda maior, a fim de causar um bom impacto na sociedade e na natureza, como um todo, e reduzir os danos promovidos pelo processo de produção da organização. Na década de 1990, Darcy Winslow foi a principal responsável por desenvolver novas medidas que implementassem a sustentabilidade na cultura organizacional da empresa. Para isso, ela seguiu os sete passos da teoria U, de modo que:
Como resultado, a Nike passou a investir cada vez mais em um processo de produção mais consciente e sustentável. Com o uso de algodão orgânico, sem aditivos de manufatura, e com a redução de substâncias químicas nos demais materiais utilizados nos produtos, essa prática se tornou intrínseca à cultura organizacional. Desse modo, a iniciativa de Winslow foi fundamental para gerar mudanças significativas na organização. Entendeu como a teoria U é utilizada nas empresas e qual é o passo a passo para adotar o conceito? Com isso, é possível melhorar o engajamento das equipes, criar um clima e uma cultura organizacionais coesos e trabalhar em busca de soluções viáveis para desenvolver os negócios. Quer conhecer soluções que vão fazer a sua empresa crescer ainda mais? Então, assine nossa newsletter e acompanhe as principais tendências de perto!